35 anos viajando
Pra quem leu o título e imaginou que eu poderia estar 35 anos viajando, errou se pensou em uma viagem da forma mais tradicional, mas acertou se considerarmos um sentido mais amplo, genérico e filosófico da viajar. Neste dia, 28 de julho de 2015, eu completei 35 anos de vida, por isso coloquei os 35 anos viajando. Passei os 3 últimos dias refletindo sobre isso, pensando muito nas viagens que eu fiz, as que eu não fiz e as que ainda quero fazer. De uma forma ou de outra percebi que passei a vida toda viajando e vou contar rapidinho algumas dessas histórias pra vocês.
35 anos viajando
As primeiras viagens…
Tentei lembrar qual foi minha primeira viagem e quando achei que seria impossível saber eu me dei conta de que a primeira viagem de todas que já fiz foi ter nascido. Nascer foi uma viagem que levou nove meses de planejamento e que também foi o primeiro perrengue. Dessa viagem eu não me recordo de nada, nem gostaria (acho que não foi muito boa mesmo), pois cheguei ao destino chorando, mas depois, bem depois, descobri que tinha sido contemplado com o maior bilhete de todos, o bilhete da vida.
Alguns meses depois que nasci meus pais voltaram para o Rio Grande do Sul. Eu ainda era um bebê e também não lembro dessa viagem, mas não deve ter sido fácil. Imagine 35 anos atrás ir de Curitiba ao extremo sul do país, lá pra Uruguaiana, fronteira com o Uruguai, dirigindo por 1200km com um fusca velho. Deve ter sido uma aventura e tanto! Ainda bem que nessa época eu só comia e dormia. 😛
As viagens de criança
Dessas viagens de criança eu já lembro bem, geralmente eram ou praia ou casa de parentes no interior. Ficava tão ansioso pra chegar o dia de pegar a estrada que parecia uma eternidade de tanto que demorava pra chegar. Depois era diversão pura. Várias férias no litoral do Paraná com meus irmãos e primos. Passávamos o dia brincando na praia, jogando bets e fazendo corrida com latinhas de refrigerante. O melhor de tudo que não precisava me preocupar com nada, com horário, com comida, com aonde iria dormir, muito menos com dinheiro. Como é bom ser criança né? Essas lembranças são ótimas.
Viajando sozinho aos doze
Até hoje eu me pergunto como meus pais me deixaram viajar sozinho com apenas 12 anos de idade. Eu fui acampar com a escola no Cânion Guartelá. Falando assim “com a escola” parece que era algo organizado, mas não era. Quem organizou tudo foi o grêmio estudantil, não tinha professor responsável nem ninguém adulto realmente responsável. Era um bando de adolescentes e pré-adolescentes no meu caso, indo pro meio do mato sem o menor preparo necessário. Eu e meus primos não levamos nem barraca e tínhamos pouca comida. Tudo poderia ter dado errado, mas deu tudo certo e 23 anos depois, eu que sou um desmemoriado, ainda lembro de várias historias dessa viagem. Uma delas é que foi a primeira vez que me interessei por alguém de uma forma mais, hummm, vocês sabem hehe….
As viagens do vôlei
Pra quem ainda não sabe, alem de viagem eu também amo vôlei. Sou atleta desde o doze anos quando comecei a jogar na escola. O vôlei me trouxe muitas viagens, algumas como jogador para competir e outras apenas para assistir mesmo. Aprendi muito com essas viagens, porque você precisa conviver com várias pessoas, dividir espaços, precisa estar aberto a conhecer gente de lugares diferentes. Com certeza essa viagens que começaram na adolescência me trouxeram aprendizados que carrego até hoje. Essas viagens alimentarem minha vontade de conhecer lugares ainda mais longes. E as viagens do vôlei continuam até hoje 🙂
Ultrapassando fronteiras
Demorou pra eu ultrapassar as fronteiras do Brasil. Apenas em 2008, com 27 anos eu fiz minha primeira viagem internacional, fui à Argentina em maio com uma amiga. Depois em dezembro, já com 28 anos, viajamos para um tour pela Europa. A partir deste ano me tornei um viajante compulsivo (e falido também). Desde então, ano após ano, eu visitei 20 países. Descobri o quanto viajar me faz feliz e quanto eu aprendo viajando. Registrei todos esses países na minha perna, tatuando a bandeira deles em três faixas.
As viagens que não fiz
Eu gostaria de ter feito muitas viagens que hoje em dia dificilmente farei. Arrependo-me muito de não ter feito um intercâmbio quando estava na faculdade. Há quinze anos não era tão simples você partir pra um intercâmbio, tudo era mais difícil, não tinha tanta informação, nem tantos convênios com as universidade. Depois que me formei eu devia ter me jogado em uma viagem, podia ter ido pra qualquer lugar, mas também não fui e hoje eu percebo que eu deveria ter ido, ou pelo menos tentado ir. Não tinha nada a perder naquela época, era jovem e saudável, aguentaria os perrengues. O bom disso tudo é que aprendi que não devemos perder as oportunidades que temos, mesmo quando não sabemos que temos uma. Isso tudo me ajuda a pensar sobre as viagens futuras, pensar bem pra não perder nada.
E as viagens que farei
Vontades tenho muitas, qualquer viagem eu to dentro. Pra mim o destino nunca foi o principal, claro que quero conhecer lugares específicos, mas todo lugar ainda desconhecido me chama atenção. Tenho o espírito explorador em mim. A Europa sempre será um destino recorrente, gosto demais do continente todo. Tinha até planos de passar uma temporada na Itália, mas acho que não vai rolar. Quero muito ir à Africa e Ásia, não conheço nada e acho que deve ser muito diferente do que estou mais acostumado a ver. Pelo menos um pedacinho desses continentes eu quero conhecer antes de chegar aos quarenta. O Brasil será um destino pra vida toda, muitos lugares ainda para a explorar. Gosto muito de viajar por aqui, principalmente para explorar as belezas naturais do país.
E os próximos 35 anos viajando
Quanto aos próximos 35, seja como for, só quero que seja viajando. Outro dia ouvi alguém dizer que quem viaja vive mais. Não deve ter uma base científica esta afirmação, mas eu acho bem provável que esteja certa. Viajar é prazeroso, é gratificante, desafiador, deixa a gente alegre e feliz e quem tá feliz, de bem com a vida, vive mais. Eu acredito nisso e por isso acho que os próximos 35 anos serão viajando, porque mesmo velhinho e cansado e ainda terei vontade de viajar e vontade de viver. Você não?
Este foi meu post reflexivo do meu aniversário e dos meus 35 anos viajanto. Espero que tenham curtido ele, mas se não curtiram saibam que eu já volto ao normal nos próximos posts falando sobre meu final de semana explorando São Paulo. Para saber das novidades curta nossa Fanpage no Facebook, ou ainda se preferir, siga nosso perfil no twitter e veja nossas fotos no Instagram.
Recadinho!!
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